Tensão
Rússia anuncia expulsão de 23 diplomatas britânicos
Medida adotada pelo país é uma retaliação à mesma decisão tomada pelo Reino Unido na quinta-feira (15)
Sob comando de Putin, Rússia endureceu o discurso contra o Reino Unido e anunciou a retaliação com medidas diplomáticas (Foto: Kremlin - Divulgação)
A Rússia anunciou neste sábado (17) que está expulsando de seu território 23 diplomatas britânicos. A ação é mais um capítulo da crise entre os países iniciada a partir da tentativa de homicídio contra o ex-agente duplo Sergei Skripal e sua filha, Yulia Skipal, em Salisbury. De acordo com investigadores do Reino Unido, haveria participação russa no ataque. Na quinta-feira (15) o governo inglês expulsou 23 diplomatas russos.
Em uma reunião com o embaixador britânico, Laurie Bristow, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia informou a decisão e deu prazo de uma semana para que os 23 representantes britânicos deixem o país. Foi anunciado também que estão encerradas as atividades do British Concil, órgão que tinha o objetivo de intermediar ligações culturais entre Rússia e Reino Unido. Outra medida de retaliação é o fim do acordo para a instalação de um consulado geral britânico em São Petersburgo. O ministério definiu as medidas como respostas a “ações provocativas e acusações infundadas” contra o país, agravando ainda mais o relacionamento que chegou ao nível mais preocupantes deste o fim da Guerra Fria.
Apesar da negativa do Kremlin, os britânicos consideram que a toxina (Novichok) usada no ataque a Skripal e sua filha é uma arma química produzida somente pela Rússia.
Após o encontro deste sábado, Bristow afirmou que a decisão tomada na quinta-feira de expulsar o russos foi tomada porque Moscou não soube explicar como a toxina usada no ataque ao ex-agente chegou até a Inglaterra. “Sempre faremos o que for necessário para nos defender”, disse.
Diante da crise diplomática, EUA, Alemanha e França se somaram ao Reino Unido pedindo explicações russas. O Kremlin diz estar cooperando com as investigações, mas se nega a explicar como o Novichok, toxina desenvolvida pelos militares soviéticos, foi usado contra Skripals.
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